design de embalagem

A Importância do Design de Embalagem

O design de embalagem desempenha um papel fundamental na estratégia de marketing de um produto. Vai além de proteger e transportar, se tornando uma poderosa estratégia para atrair e conquistar consumidores.

Transmitindo a Identidade da Marca – A embalagem comunica a identidade da marca, refletindo seus valores e personalidade assim como as qualidades específicas do produto.

Atraindo a Atenção dos Consumidores – O design de embalagem criativo e esteticamente atraente destaca um produto nas prateleiras e desperta o interesse dos consumidores e o desejo de consumo.

Comunicando Informações Relevantes – Ela deve comunicar informações de forma clara e acessível, como ingredientes, tabelas e instruções de uso.

Gerando uma Experiência Memorável – Uma embalagem bem projetada oferece uma experiência tátil, olfativa ou auditiva agradável, criando uma conexão emocional com os consumidores e em alguns casos uma experiência única.

Diferenciando-se da Concorrência – Um design de embalagem único pode ajudar um produto a se destacar em um mercado competitivo e quando bem projetada se torna exemplo visual na sua categoria.

O design de embalagem é uma ferramenta poderosa para conquistar clientes, transmitir a identidade da marca e destacar-se da concorrência. Investir em um design bem planejado e atraente é essencial para impulsionar as vendas e criar uma experiência memorável para os consumidores, tornando-se um fator decisivo na escolha do produto.

Kazimir Malevich e o design

O artista russo Kazimir Malevich, pai do supremartismo (um movimento da arte que estabelecia uma nova ordem puramente pictórica na qual cada forma seria livre, individual, autónoma), é muito conhecido por seus quadros geométricos. Seus trabalhos com design são menos populares mas não menos interessantes.

Na década de 1920, ele esteve interessado em trabalhos que não se restringiam à pintura. Nesta época desenvolveu, junto com outros seguidores, desenhos em cerâmica e estamparias para tecidos, como mostra a imagem.

Malevich criava objetos para a nova sociedade soviética, com a qual se sentia solidário. É o papel de cidadão que se junta ao de pintor. Nos modelos de chávenas e bules criados por ele, nota-se a presença indissolúvel do suprematismo, a influência marcante da sua grande obra, Quadrado Preto.

Kazimir Malevich também se envolveu em projetos arquitetônicos. Voltando-se para o espaço real – o espaço da arquitetura – seus projetos não eram planos perfeitos para edifícios ou fragmentos de cidades reais. Eles se chamavam “arquitetações” (Architekton) e se constituíam, muito mais, em versões tridimensionais de suas complexas composições suprematistas. Tais “arquitetações” serviam também para promover a idéia do artista como o planejador ideal da vida civil, da vida da sociedade.

Latas de cerveja

Muitas pessoas gostam de colecionar coisas. Várias gostam de colecionar embalagens. Algumas fazem coleções bem específicas como coleções de latinhas de cerveja. Estas acima fazem parte da coleção de Lance Wilson e Dan Becker que pode ser vista aqui.

Algumas das embalagens mostradas no Flickr têm mais de setenta anos. A coleção completa, que não está no site, tem mais de 2000 latas. Vale a pena conferir como as latas eram no passado para ajudar a entender como elas serão no futuro.

Garrafas de Coca-Cola

Há 115 anos, era lançada a primeira garrafa marcada com o tão famoso logotipo da Coca-Cola. Como se pode ver, ela era bem diferente da garrafa que vemos hoje em dia. A embalagem acinturada tão característica do refrigerante só apareceu em 1916, tendo como inspiração a forma da vagem de cacau.

Pode-se considerar que a embalagem de 1899 é a primeira garrafa de Coca-Cola pois o modelo anterior no qual se vendia a bebida era um vasilhame genérico, que tinha sido usado para vender outras bebidas. No vidro havia a marcação “Biedenharn Candy Co., Vicksburg, Miss.”, com referência à engarrafadora. Antes disso era preciso beber Coca-Cola nas fábricas, onde o xarope era misturado com água pura e servidos aos clientes.

Os primeiros modelos marcados com “Coca-Cola” foram as garrafas de rolha Hutchinson. O uso das garrafas Hutchinson para Coca-Cola duraram pouco, e em apenas dois anos as mais seguras – e mais baratas – garrafas de gargalo tipo coroa tornaram-se o padrão da indústria.

Mais informações neste site.

Construtivismo e design gráfico

Aleksandr Rodchenko, Lilya Brik, 1925

Dentro das “vanguardas históricas” com tendências construtivistas deve-se citar além da Rússia (Tatlin, Malevich, Rodchenko, El Lissitzky, Lyubov Popova etc) a Holanda (Theo Van Doesburg, Rietveld etc) e a Suíça (Hannes Meyer, Hilbersheimer etc). No caso da Suíça, país no qual uma revolução burguesa não foi necessária, o radicalismo formal e político também foi intenso. O mesmo ocorreu na Holanda com o movimento De STIJL.

O De STIJL explorou profundamente as noções de equilíbrio e assimetria, buscando formas racionais e harmônicas de organização dos elementos no espaço bidimensional. Seu rigor formal excessivo se apresenta num vocabulário visual restrito, no qual se destaca um geometrismo exagerado e uma priorização à estruturação perpendicular.

A entrada do construtivismo na Bauhaus – a famosa escola alemã popularmente conhecida como o berço do design moderno – deve-se em grande parte a ação de um holandês, Van Doesburg. Ele era crítico em relação ao caráter estético e individualista presentes na Bauhaus, cujo manifesto inicial foi considerado um erro expressionista de Gropius. Embora não tenha sido admitido na escola, suas aulas livres correndo em paralelo acabaram por contaminar, aos poucos, a ideologia da Bauhaus.

Algumas das maiores heranças do Construtivismo na construção do design gráfico – veiculadas pela internacional construtivista e divulgadas para o mundo capitalista através do De STIJL e da Bauhaus – podem ser citadas:
– o uso da tipografia em corpos grandes e como elementos pictóricos,
– o estabelecimento da necessidade de um ponto de atração na área da composição,
– a exploração intensiva das possibilidades da fotografia,
– a mescla orgânica de texto e layout,
– a forte recusa da harmonia clássica,
– o conceito de uma lógica interna e de uma dinâmica entre os elementos da composição,
– a recorrência a angulações de imagens e formas que surpreendam o observador,
– o estabelecimento de uma linguagem visual essencialmente sintética.

Outras características como o uso de famílias tipográficas estandardizadas, o recurso a um sistema de grade que organize a superfície do projeto, a recorrência a elementos e signos visuais já testados e presentes no repertório social e o estabelecimento de uma mancha gráfica claramente identificável pelo observador, foram preocupações mais especificas da Bauhaus.

A arte como construção

El Lissitzky, Vença os brancos com a foice vermelha, 1919

O Construtivismo foi um movimento artístico que tomou forma na Rússia (ou União Soviética) no momento em que este país passava por um processo revolucionário radical (Revolução Bolchevique).

Artistas russos influenciados principalmente pelo Futurismo italiano de Marinetti levaram até as últimas conseqüências a abolição da arte como atitude autônoma “pura”. Deixando de lado aquilo que consideravam ser uma herança burguesa, puseram em prática uma arte produtiva, mais de acordo com os propósitos da revolução.

O Construtivismo colocava a função social da arte como uma real questão política e buscava superar as normas da antiga arte procurando soluções correspondentes ao avanço técnico/ científico pela criação de construções no espaço. A arte deveria estar a serviço da revolução, fabricando coisa para a vida população, como antes fabricava coisas para o luxo das pessoas ricas.

O artista russo seria um pesquisador, um engenheiro, um construtor, um técnico, devendo transformar seu trabalho em arte e sua arte em trabalho. Para ele não existiam artes menores e artes maiores. Este artista aspirava a uma dissolução da arte numa sociedade inteiramente renovada, na qual o valor artístico em si se esgotaria pois estaria em toda parte.

A pintura e a escultura não seriam representações, mas sim construções. Sendo assim, ambas devem utilizar os mesmos materiais e os mesmos procedimentos técnicos da arquitetura e da engenharia, como por exemplo, o ferro, o aço, o vidro, a madeira, o cimento etc. Os materiais deveriam ser sempre aqueles pertencentes ao domínio da produção industrial, e não ao da arte tradicional.

O uso de elementos gráficos geométricos fortes e sintéticos, presentes nos cartazes de propaganda principalmente, não surge de um impulso decorativo ou meramente estilístico, mas essencialmente do objetivo de alcançar uma população analfabeta ou semi-alfabetizada, com o fim de identificá-la com o novo mundo prometido pela sociedade da qual seria varrida a exploração do homem pelo homem. Para os críticos que diziam que essa nova arte era excessivamente elitizada e abstrata, os construtivistas respondiam que o povo estava pronto para compreender a nova estética mecânica porque esta já fazia parte de seu cotidiano.

Vaso anti-design

Este vaso batizado com o nome de Mizar, foi feito no ano de 1982 por Ettore Sottsass, designer expoente do grupo Memphis. Ele foi fabricado em vidro azul e transparente (o corpo principal) e com detalhes de vidro multicolorido (alças em verde, amarelo e vermelho). Este vaso possui por volta de 32cm de altura e 30cm de diâmetro.

Este objeto se insere perfeitamente dentro da produção do grupo Memphis, descrita acima. Embora seja um vaso e possa ser utilizado como tal, seu design não é guiado pela “funcionalidade”. Existe mais peso no visual do objeto do que no seu uso prático. A abundância e a incongruência são características marcantes reveladas principalmente pelo uso das diversas alças coloridas. A quantidade é exagerada e, na posição em que se encontram, as alças são inúteis. Elas são elementos anti-funcionais, ou seja, meros ornamentos lúdicos. As cores seguem o mesmo princípio, buscando com ousadia e humor, uma provocação ao princípios defendidos pelo Modernismo tradicional.

O vaso Mizar é uma peça anti-design, que choca e cria polêmica. Exatamente aquilo que seu autor, Ettore Sottsass queria.

Design italiano anos 80/ Memphis

Ettore Sottsass/ Carlton Bookcase/ 1980

O grupo Memphis foi fundado em 1980 em Milão, Itália, por Ettore Sottsass junto com Barbara Radice, Michele De Lucchi, Marco Zanini, Martine Bedin, etc. Mais tarde Natalie Pasquier e George Sowden juntaram-se ao designers do grupo. Memphis possui como precursor direto o Studio Alchimia, do qual Ettore fez parte. Este grupo enfatizava o design do objeto banal (transformar lixo em ouro) sendo um dos primeiros a fazer design pós-moderno.

A grande herança de Memphis pode ser creditada aos movimentos de vanguarda italianos Radical Design e Anti-Design. Eles contestavam o funcionalismo e o racionalismo do estilo moderno internacional, valorizando a expressão criativa individual e a diferenciação cultural. Ambos criaram os fundamentos teóricos para o futuro movimento pós-moderno.

O grupo Memphis criticava a evolução da forma dos objetos apenas em relação a sua “funcionalidade” (ignorando suas outras funções como a estética e a simbólica). Acreditando que o consumo é também a busca por identidade, seus designers criaram objetos provocativos, anti-funcionais, excêntricos, ornamentais (muitos o comparam ao Arts & Crafts), com uso de cores fortes, plásticos laminados e estampados. Memphis queria provocar “caos semântico”. Com humor, energia e vitalidade, criou um novo vocabulário para o design.

Design de motocicleta Yamaha: revival

A Royal Star é uma motocicleta feita para a empresa Yamaha no ano de 1996. Seu design foi assinado pelo GK Design Group, um estúdio de design japonês (um dos maiores do mundo) com filiais em vários países. Seu estilo é claramente Retrô pois seu projeto se configura como uma interpretação direta do visual das motos dos anos 50.

Esta moto possui o “espírito norte-americano” (embora seja japonesa) por ter o desenho típico das motocicletas glamourizadas em filmes como Easy Rider. Este é o espírito nada mais é que a retomada dos valores de tal época por meio se seu visual: o Design Retrô.

Ela possui guidão com garfos dianteiros inclinados para a frente, mantém a altura do banco baixo, pedaleiras avançadas, pneus largos, tanque grande em posição paralela ao chão de forma a proporcionar uma posição confortável para pilotagem. A maioria se suas peças são cromadas e brilhantes, as cores são contrastantes (vermelho, branco e preto). Exatamente como as motos antigas. (Para ver a diferença do design de motos nos anos 90, basta ver o modelo anterior da Yamaha).

Nesta moto, o visual antigo é acompanhado de tecnologia de ponta, fazendo dela um produto híbrido com ótimo funcionamento e forte personalidade.

Design Retrô/ Revival

O termo “Design Retrô” foi utilizado pela primeira vez nos anos 70 para a tendência de se adotar estilos de outras décadas para peças de design. O Retrô é quase uma reprodução fiel do passado, sendo baseado numa nostalgia das linguagens dos anos 30 a 50, principalmente. Pode-se dizer que o Retrô, um estilo pós-moderno, nasce de algo mais amplo: o Revival.

Revival é a busca por uma linguagem do passado com diferentes intenções de uso no presente (por exemplo, o resgate de valores perdidos em dada época). Nele estão incluídas as continuações, as inspirações, as releituras, as re-invenções, etc. Ele ganha força nos finais de século, funcionando como um balanço do que aconteceu.

O Retrô surgiu com o interesse de alguns designers dos anos 70 pelo estilo Art Nouveau (a tipografia rebuscada foi muito utilizada em cartazes pop e capas de discos). Mais tarde muitos designers vão buscar inspiração nos produtos Kitsch dos anos 50, criando rádios de cores pastéis e móveis com pés compridos e estreitos. O automóvel feito em edição limitada chamado Figaro, da Nissan, 1991, é um bom exemplo de uma cópia retrô de tal década.

Atualmente o design Retrô é utilizado como “estilismo” por equipes de design da Ford (com famoso Jay Mays) Jaguar, BMW, etc. sendo uma boa ferramenta para aumentar vendas.