Água em lata

Voltando a falar em embalagens alternativas para a água em garrafa pet, encontramos uma nova opção fora as caixinhas tetra pak: latas de alumínio.

Na verdade esta água em lata faz parte de um programa de caridade chamado CannedWater4Kids, que pretende levar água limpa e saudável para crianças das regiões mais pobres do mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada oito segundos, uma criança morre por beber água imprópria para consumo. A lata supercolorida é o símbolo desta campanha.

Água em lata não é algo comum por várias razões (não se pode ver a água, o material é caro para um produto tão barato, etc.), mesmo assim podemos encontrar alguns exemplos dessa aplicação quando as motivações são outras. A lata da esquerda chamada Bottled Water é um projeto do governo de Tóquio para convencer os cidadãos de que a água vinda da torneira é boa para consumo. A outra lata é uma tentativa de ajuda humanitária aos desabrigados do furacão Katrina (que foi muito criticada por fazer propaganda ostensiva da empresa responsável pela doação).

Água e embalagem sustentável

Em tempos de aquecimento global, todos começam a procurar alternativas ecologicamente corretas, pricipalmente em termos de novas embalagens. Pode-se comprovar isto pelos lançamentos nos últimos meses de várias alterantivas para as garrafas pet de água.

A maioria desses lançamentos se constiui em embalagens cartonadas (tetrapak) feitas com grande porcentagem de materiais reciclados, além de serem recicláveis. Algumas dessas águas também prometem reverter parte do lucro adquirido com sua venda em programas ambientais. Todas elas declaram ser a alterantiva mais sustentável para o envasamento de água (H20 Sring Water, Boxed Water, Plant It Water).

Mas até que ponto água embalada – em qualquer que seja a embalagem – pode ser considerada uma alternativa ecologicamente correta? O fato do papel cartão ser melhor que o plástico é suficiente? Podemos dizer que, no mínimo, estes lançamentos são interessantes por levantar longas discussões a esse respeito.

Papel reciclado de cocô de elefante

Ainda falando de sutentabilidade, encontramos este exemplo extremamente inusitado – para não dizer esquisito ou até mesmo nojento. A empresa canadense The Great Elephant Poo Poo Paper apresenta uma nova matéria prima para se fazer papel reciclado: cocô de elefante. É inacreditável.

Como os elefantes comem apenas vegetais (e em grandes quantidades), suas fezes são ricas em fibras naturais e celulose, ou seja, uma material propício à produção de papel. Este papel é utilizado na confeção de blocos, cadernos, envelopes e outros itens que são vendidos como presentes ecológicos e bem-humorados. Parte do lucro obtido com a venda desses produtos é revertida para a preservação dos elefantes na África e na Ásia. A atividade também cria postos de trabalho para diversas pessoas.

Se é possível reciclar excrementos de elefante, não deve haver nada impossível de se reciclar.

Impacto ambiental de embalagens

O design de embalagens ecologicamente correto ganhou uma ferramenta muito útil a seu favor. É o Pack-In da Envirowise, que ajuda os designers e demais envolvidos na cadeia de embalagens e insumos a avaliar qual a opção de invólucro terá menor impacto ambiental através de toda sua existência.

A ferramenta leva em conta as matérias-primas utilizadas, a fabricação o uso e o descarte. Ela compara as diversas opções por meio das informacões colocadas no sistema pelo usuário. Essa comparação ampara a escolha da embalagem mais “sustentável” em cada caso.

Este programa é gratuito e pode ser uso online, no site da Envirowise. Ele foi financiado pelo Departamento britânico de Meio Ambiente e, infelizmente, só pode se utilizado por quem está na Europa ou EUA (por causa dos dados do local onde estão materiais, transporte, etc.). Embora o programa não seja adequado para o Brasil, é interessante conhecê-lo. É sempre bom saber mais sobre design com sustentabilidade.

Nova embalagem de cereal

Você se lembra de como as embalagens de sabão em pó mudaram de tamanho nos últimos tempos? Antes elas eram compridas e fininhas, depois ficaram mais baixas e largas. A Kellogg’s vai fazer algo semelhante com a caixa de um de seus mais famosos produtos: o Corn Flakes. A mudança acontecerá por um período de teste nos Estados Unidos.

O motivo alegado não é deixar o produto mais soltinho (como era no caso de sabão) e sim fazer um uso mais eficiente do espaço – nas prateleiras dos consumidores e nas gôndolas dos supermercados. Além da economia no armazenamento, a nova embalagem quadrada economiza matéria-prima. Ela utiliza 8% a menos de materiais em relação a antiga. O novo design é bom para a natureza (melhor do que reciclar, é economizar na hora de fazer), bom para o consumidor (a quantidade do conteúdo continua a mesma) e bom para a empresa (a economia de insumo se reflete em economia de dinheiro).

Essa é a alteração mais significativa que a Kellogg’s fez em suas embalagens de cereal desde os anos 50.