Isto é uma ratoeira. Pois é, um dia foi uma embalagem de vidro de alguma bebida – originalmente – mas depois que sua função princicpal deixou de existir, ela foi adaptada a uma nova função – neste caso virou uma ratoeira (os ratos devem passar pelo buraco e ficar presos lá dentro?).
É uma invenção que transforma uma embalagem padrão em algo totalmente novo e com uso diferente. No passado, isso acontecia muito com garrafas de vidro. Era quase como se a garrafa de vidro fosse uma parte standart, uma peça universal com a qual os inventores poderiam contar para fazer suas criações. Nas imagens ao lado você pode ver armadilhas para pegar pequenos peixes (os peixinhos devem entrar pelo buraco e depois não conseguem sair?).
Neste caso, pode-se comparar a embalagem de vidro aos computadores e seus softwares. Com o “aplicativo” certo, a garrafa poderia se tornar o objeto que se desejasse. O Randy Ludacer, do site BoxVox compara a garrafa de vidro antiga ao software livre: “Freeware for imprisoning mice”. Interessante, não?
Fonte: BoxVox
Esta embalagem desenhada por Daniel Robitaille há alguns anos, é uma demonstração de integração de uma mensagem poderosa para uma ação banal como a compra de um lápis. Quem precisa de uma embalagem de lápis, você poderia me dizer? Talvez em uma campanha para promover os Direitos Humanos. Aqui, o lápis é um símbolo e um pretexto para uma mensagem em torno de um compromisso social. Dentro da embalagem é impressa a Carta dos direitos humanos. Que ótima desculpa para uma embalagem! Nas embalagens temos as seguintes frases inspiradoras: isto é uma arma, isso dá liberdade, isto é vital e isto é uma voz.
Fonte: Packaging | UQAM
Uma boa embalagem além de proteger, armazenar e transportar, consegue se comunicar diretamente com público-alvo do seu produto. É exatamente o que fazem estes rótulos de vinhos espanhóis da marca UO! Singular Wines. Eles deixam claro que se tratam de vinhos destinados ao público homossexual masculino.
Os vinhos UO! são feitos especialmente para homens gays, como se pode ver por meio das fotografias de homens musculosos presentes nos rótulos. Basta entrar no site e ver a descrição dos produtos para tirar qualquer dúvida: a comunicação é desinibida e direta, sem rodeios.
São 3 tipos de vinho: Antinoo (Merlot), Oscura Lágrima (Monastrell) e Ánima Blanca (Sauvignon blanc) que podem ser comprados nas principais cidades espanholas (Madrid, Ibiza, Toledo, etc.) ou através do próprio site. O fabricante promete que os sabores são envolventes, sensuais, profundos, potentes.
Embora o produto seja destinado a gays, alguns comentários em blogs mostram que mulheres comprariam as garrafas para presentear as amigas. Seria um bom presente?
Fonte: R&S
Existem produtos que apresentam nomes tão criativos em suas embalagens, que chamam a atenção. Estas embalagens de alimentos, por exemplo, levaram a sério a idéia e colocaram um palavrão bem popular para descrever os produtos que elas contém. Assim é a linha “The Hottest Fuckin’ Products” vendida nos Estados Unidos.
Os produtos de tal linha são feitos com uma combinação picante de alho, cebola, sal, ervas, especiarias e muitas pimentas de diferentes tipos. O sabor é tão explosivo que não haveria maneira melhor de explicá-lo que… com um bom palavrão. O design também ajuda a explicar: a tipografia é forte e as cores preto e branco aumentam o poder dos dizeres.
O rótulo da latinha de nozes começa – eximindo-se de qualquer culpa – com os dizeres: “We warned you. These are seriously fuckin’ hot nuts.” Obviamente, a advertência aguça a vontade de comer o produto ao invés de afastar o consumidor.
Os produtos apimentados, sinceros e mal educados, podem ser comprados no site da Galena Canning Company.
Fonte: The Awesomer
A cadeia de supermercados A&P dominou por muito tempo o mercado de varejo de alimentos nos Estados Unidos, principalmente durante a década de 50. A empresa foi uma das primeiras a lançar uma linha de embalagens marca própria premium. O nome da linha era Master Choice.
Atualmente o supermercado tem diversas marcas próprias (uma delas é a marca Via Roma, que já foi apresentada em um post anterior), e entre os lançamentos está uma nova marca premium: Hartford Reserve. Na verdade, a HR é uma atualização da linha antiga (com mesma seleção de produtos, mesma proposta).
Vejam a diferença em relação às embalagens antigas, presentes na imagem ao lado. Além da modificação do nome e do logotipo, a ausência das fotografias nos produtos é muito marcante. Pode-se dizer que é alteração no visual é tão profunda, que os consumidores provavelmente não farão a associação entre a marca velha e a nova. Se esse era o objetivo, ele foi atingido. O design da linha HR é assinado pelo estúdio de design United.
Fonte: Package Design Magazine
Olhe bem a embalagem ao lado. Embora tenha jeito de potinho de iogurte, isto é uma embalagem de café. Na verdade, é um sachê de café individual, muito parecido com os sachês de chá que existem por aí.
O utilização deste produto dispensa a necessidade de uma máquina de café ou de qualquer aparato como cafeteiras, coadores, etc. Basta ter a mão um copo – ou xícara – de água quente e pronto. A pessoa encaixa o potinho (que possui um vinco) no canto do copo e espera. Depois, basta puxar pela cordinha, e o sache pode ser jogado fora. As fotos abaixo com o passo-a-passo ilustram bem o modo de uso da embalagem e do produto.
A invenção é de uma empresa sueca chamada OneCafé. O lançamento porém, se concentrou na Grã-Bretanha, justamente por causa do hábito de sua população em tomar chá. Pode-se dizer que é quase um chá de café, que une o sabor do café feito do pó e a praticidade do café solúvel.
Ecologicamente correto, o plástico do pote é biodegradável e o café é orgânico.
Fonte: Packaging Digest
A agência de comunicação autraliana Fuller recebeu um pedido especial para fazer um rótulo como homenagem ao seu conterrâneo Neil Ashmead. O “connoisseur” tinha duas grandes paixões em sua vida: os carros e os vinhos.
Foi dessa união que surgiu o Elderton GTS Shiraz. Como se pode ver nas imagens, estamos falando de uma garrafa de vinho cujo design se inspira em carros, especificamente no Holden GTS. É daí que vem a inspiração para as faixas paralelas vermelhas (no rótulo), a coroa de flores oferecida aos campeões de corrida (na gargantilha), entre outos detalhes.
O mais interessante porém, é a tampa da garrafa. Ela imita com bastante dose de realidade, um câmbio com 6 marchas mais a marcha ré. Mesmo que a pessoa não seja perita em modelos de carros, a associação com a tampa-câmbio é evidente.
Mais um detalhe: dizem que o vinho que vem dentro não fica devendo nada a bela embalagem.
Fonte: Notcot
Em tempos de crise, esta embalagem de chocolate certamente chama a atenção. Ela é idêntica a uma nota de 100 dólares, com foto do Benjamin Franklin e tudo mais. Não é feita com papel moeda mas com filme plástico – tradicional para este tipo de produto.
O chocolate se chama London Mint e faz parte da linha de produtos da Harry London, uma empresa norte-americana especializada em chocolates diferenciados. Esta barra é feita de chocolate ao leite e possui um toque de menta no seu recheio.
A nota de US$100, tem alguma alterações em seus dizeres – algumas dicas para que se entenda que se trata de uma guloseima. Por exemplo, a frase “The United States of America” presente na nota foi susbtituída por “The Chocolate Gourmets of America”.
Agora adivinhe o preço da barrinha. Se você chutou US$100… errou. Ela custa apenas US$2,99.
Fonte: Food and Beverage Packaging
Se o cigarro de maconha não fosse uma droga ilegal, que embalagem ele teria?
Foi pensando nesta questão que surgiu uma espécie de desafio que a revista Print fez para 4 estúdios de design dos Estados Unidos e de países da Europa: Lust, Base, Strømme Throndsen e The Heads of State. Se a droga fosse legalizada, qual solução gráfica seria mais pertinente para criar esta nova categoria de embalagens?
As 4 soluções finais são bem diferentes, que levaram em conta dados sobre a a popularização do movimento de legalizacão da maconha, o ato de fumar e até mesmo os hábitos tecnológicos dos dias atuais.
A imagem acima é do estúdio The Heads of State. Embora tenham se inspirado em pacotes de cigarro comum, resolveram diminir a quantidade de unidades – pois levaria muito tempo para o “maço” acabar.
Estes outros são estojos mais chiques, que levariam os baseados como cigarreiras. Sendo ideais para bolsas e mochilas, eles foram inspirados em Ipods. A autoria é de Strømme Throndsen.
Fonte: Core77