Marca Própria Premium


A cadeia de supermercados A&P dominou por muito tempo o mercado de varejo de alimentos nos Estados Unidos, principalmente durante a década de 50. A empresa foi uma das primeiras a lançar uma linha de embalagens marca própria premium. O nome da linha era Master Choice.

Atualmente o supermercado tem diversas marcas próprias (uma delas é a marca Via Roma, que já foi apresentada em um post anterior), e entre os lançamentos está uma nova marca premium: Hartford Reserve. Na verdade, a HR é uma atualização da linha antiga (com mesma seleção de produtos, mesma proposta).

Vejam a diferença em relação às embalagens antigas, presentes na imagem ao lado. Além da modificação do nome e do logotipo, a ausência das fotografias nos produtos é muito marcante. Pode-se dizer que é alteração no visual é tão profunda, que os consumidores provavelmente não farão a associação entre a marca velha e a nova. Se esse era o objetivo, ele foi atingido. O design da linha HR é assinado pelo estúdio de design United.

Fonte: Package Design Magazine

Capa que brilha no escuro

“Good ideas glow in the dark”. Este é o título do relatório anual do Adris Group, uma empresa com foco em turismo e tabaco. O grupo Adris queria mostrar neste relatório que, apesar da crise econômica mundial, seu ano de 2008 foi um grande sucesso.

Para deixar evidente o balanço anual iluminado desta empresa, o estúdio de design da Croácia chamado Bruketa & Zinić, deu à capa do relatório um acabamento com tinta especial que brilha no escuro. O efeito pode ser visto nas imagens deste post.

Se a capa de um livro pode ser considerada sua embalagem, diremos que esta brochura está muito bem “embalada”. A metáfora da lombada iluminada na estante dentre os outros livros escuros é muito interessante e atraente.

O uso desse efeito também mostra que tintas que brilham no escuro podem ser usadas de maneira criativa em materiais gráficos institucionais (e não só naquelas estrelinhas que iluminam os quartos das crianças).

Fonte: Design Boom

Chá de café

Olhe bem a embalagem ao lado. Embora tenha jeito de potinho de iogurte, isto é uma embalagem de café. Na verdade, é um sachê de café individual, muito parecido com os sachês de chá que existem por aí.

O utilização deste produto dispensa a necessidade de uma máquina de café ou de qualquer aparato como cafeteiras, coadores, etc. Basta ter a mão um copo – ou xícara – de água quente e pronto. A pessoa encaixa o potinho (que possui um vinco) no canto do copo e espera. Depois, basta puxar pela cordinha, e o sache pode ser jogado fora. As fotos abaixo com o passo-a-passo ilustram bem o modo de uso da embalagem e do produto.

A invenção é de uma empresa sueca chamada OneCafé. O lançamento porém, se concentrou na Grã-Bretanha, justamente por causa do hábito de sua população em tomar chá. Pode-se dizer que é quase um chá de café, que une o sabor do café feito do pó e a praticidade do café solúvel.

Ecologicamente correto, o plástico do pote é biodegradável e o café é orgânico.


Fonte: Packaging Digest

Carros e embalagem de vinho

A agência de comunicação autraliana Fuller recebeu um pedido especial para fazer um rótulo como homenagem ao seu conterrâneo Neil Ashmead. O “connoisseur” tinha duas grandes paixões em sua vida: os carros e os vinhos.

Foi dessa união que surgiu o Elderton GTS Shiraz. Como se pode ver nas imagens, estamos falando de uma garrafa de vinho cujo design se inspira em carros, especificamente no Holden GTS. É daí que vem a inspiração para as faixas paralelas vermelhas (no rótulo), a coroa de flores oferecida aos campeões de corrida (na gargantilha), entre outos detalhes.


O mais interessante porém, é a tampa da garrafa. Ela imita com bastante dose de realidade, um câmbio com 6 marchas mais a marcha ré. Mesmo que a pessoa não seja perita em modelos de carros, a associação com a tampa-câmbio é evidente.

Mais um detalhe: dizem que o vinho que vem dentro não fica devendo nada a bela embalagem.

Fonte: Notcot

Chocolate embalado em dinheiro

Em tempos de crise, esta embalagem de chocolate certamente chama a atenção. Ela é idêntica a uma nota de 100 dólares, com foto do Benjamin Franklin e tudo mais. Não é feita com papel moeda mas com filme plástico – tradicional para este tipo de produto.

O chocolate se chama London Mint e faz parte da linha de produtos da Harry London, uma empresa norte-americana especializada em chocolates diferenciados. Esta barra é feita de chocolate ao leite e possui um toque de menta no seu recheio.

A nota de US$100, tem alguma alterações em seus dizeres – algumas dicas para que se entenda que se trata de uma guloseima. Por exemplo, a frase “The United States of America” presente na nota foi susbtituída por “The Chocolate Gourmets of America”.

Agora adivinhe o preço da barrinha. Se você chutou US$100… errou. Ela custa apenas US$2,99.

Fonte: Food and Beverage Packaging

Embalagem de maconha

Se o cigarro de maconha não fosse uma droga ilegal, que embalagem ele teria?

Foi pensando nesta questão que surgiu uma espécie de desafio que a revista Print fez para 4 estúdios de design dos Estados Unidos e de países da Europa: Lust, Base, Strømme Throndsen e The Heads of State. Se a droga fosse legalizada, qual solução gráfica seria mais pertinente para criar esta nova categoria de embalagens?

As 4 soluções finais são bem diferentes, que levaram em conta dados sobre a a popularização do movimento de legalizacão da maconha, o ato de fumar e até mesmo os hábitos tecnológicos dos dias atuais.

A imagem acima é do estúdio The Heads of State. Embora tenham se inspirado em pacotes de cigarro comum, resolveram diminir a quantidade de unidades – pois levaria muito tempo para o “maço” acabar.

Estes outros são estojos mais chiques, que levariam os baseados como cigarreiras. Sendo ideais para bolsas e mochilas, eles foram inspirados em Ipods. A autoria é de Strømme Throndsen.

Fonte: Core77

Redesign de Logotipos

Logotipos são feitos para durar, mas ultimamente eles tem durado menos. Até aí, nenhum problema, pois atualmente o ritmo de vida é muito mais rápido e um logotipo acaba sendo forçado a se atualizar com maior frequência para acompanhar esse ritmo.

A respeito do redesign de logotipos que tem acontecido hoje em dia, o New York Times fez um interessante resumo das principais mudanças que estão ocorrendo. Basta olhar os logos ao nosso redor para ver que é isso mesmo.

Para exemplificar as tendências, são utilizados logotipos famosos como o do Wal Mart e da Kraft Foods. Pode-se notar que as letras em caixa alta (maiúsculas) viraram caixa baixa (minúsculas), ou seja, o logo para de gritar e começar a falar ao pé do ouvido do cliente, aproximando-se dele. Além disso, as cores estão mais claras, vivas, alegres, com inclusão de elementos semelhantes a estrelas/flores/faísca (algo com profusão de pequenos símbolos). As marcas tentam ficar mais “amigáveis” para os consumidores.

Como diz uma frase muito famosa: “É preciso mudar muito para continuar sempre o mesmo”.

Fonte: Design Muse

Embalagem de cosméticos e frutas podres

Embalagens de cosméticos lidam diretamente com a idéia de beleza, juventude, saúde, limpeza, brilho, luz. Não é de se admirar que elas sejam na sua maioria banhadas de cores brancas e tons claros, com poucos elementos visuais – geralmente discretos – e com muita área de respiro. Seriam essencialmente aquilo que todos chamam de design “clean”.

É verdade, mas no universo das embalagens existe espaço para muita coisa diferente. É nesse espaço que se encontra a linha de produtos de beleza Unlovely, cujas embalagens foram criadas pelo estúdio inglês Fantasist.

Os produtos são cremes e loções para rosto e corpo, que vêm em frascos, potes e bisnagas totalmente pretos. Eles possuem como elemento principal imagens saturadas de frutas emboloradas e flores velhas (como pinturas de naturezas realmente mortas).

O motivo para tal design? Os produtos são feitos com substâncias obtidas na extração sofisticada de frutas e flores fermentadas. Será que essa informação deveria ser ressalta de forma tão evidente? A associação entre coisas velhas e apodrecendo e hidratantes para o rosto não parece uma boa idéia.

Fonte: Popsop

Embalagem e terceira idade

Aqui estão alguns molhos de tomate da linha de produtos Via Roma, produzido por The Great Atlantic & Pacific Tea Co. (A&P). O design da embalagem foi criado pelo estúdio United. A linha possui massas de diversos tipos, além de algumas bolachas e outros doces.

O interessante dessas embalagens é o uso de fotos preto e brancas de pessoas idosas “curtindo a vida” em diversas situações: rindo, cantando, beijando (a fotografia da senhora bebendo vinho diretamente na boca da garrafa é simplesmente ótima). Temos de admitir que o uso de modelos na terceira idade para peças comunicação que não se destinam a idosos (e embalagens também) não são muito comuns. Ver uma linha inteira de velhinhos na prateleira de macarrões é bem diferente.

O conceito da marca busca uma ligação com a Itália e suas antigas tradições e costumes. O design ressalta que o fabricante não tem medo de mostrar sua verdadeira personalidade, sua emoção, suas raízes. Essa é a razão do uso de tais imagens. Resta saber se o produto não será entendido como direcionado para terceira idade.

ps: faltou dizer que Via Roma é uma marca própria premium do supermercado norte-americano A&P.

Fonte: The Dieline

Embalagem de mortadela russa


Isso mesmo: essa embalagem acima – coloridíssima, contemporânea, cheia de estilo e tipografia – contém uma mortadela. O embutido em questão é russo, da empresa Dymov. O design da embalagem foi criada pelo estúdo Firma.

Essas embalagens se diferenciam claramente não só das embalagens de embutidos, mas das embalagens de alimentos em geral (com exceção de artigos especiais como bebidas). Elas são tão diferentes que estão sendo publicadas em um monte de sites e blogs. Não possuem nem o nome do produto, apenas a marca da empresa fabricante.

A questão que nos perguntamos é: essa embalagem vende?

A dona de casa que passa no ponto de venda e dá aquela olhada de 5 segundos procurando o produto, talvez nem perceba que tal embutido pertence a categoria. Mas se o objetivo for atingir o público jovem, revitalizar a marca, ou lançar uma opção “premium” no portfolio de produtos, talvez a embalagem tenha acertado em cheio.

Pode ser também que as embalagens de embutidos na Russia sejam todas assim… será?

Fonte: A publicitária