Embalagens se transformam em arte
No ateliê da carioca Beatriz Milhazes consomem-se balas e chocolates em grandes quantidades. Só que os doces em si são descartados. O objeto de desejo da artista plástica são mesmo as embalagens: graças às cores chamativas, elas se converteram em matéria-prima de suas colagens.
“Não há nada mais sedutor que um papel de bala”, afirma Beatriz. O mercado de arte parece concordar. Suas telas abstratas de tons vibrantes despertam o apetite de colecionadores pelo mundo afora. Em maio, uma obra de 2001 intitulada O Mágico alcançou preço superior a 1 milhão de dólares num leilão da Sotheby’s em Nova York – recorde para um artista brasileiro vivo. Não é exagero dizer que se vive um momento Beatriz Milhazes.
(Veja edição 2076 – ano 41 – nº 35 – 3 de setembro de 2008)