Que fonte é essa ?
Um jogo da memória pode ajudar você a diferenciar uma fonte de outra ?
Sim, um jogo da memória voltado para designers !
Um jogo da memória pode ajudar você a diferenciar uma fonte de outra ?
Sim, um jogo da memória voltado para designers !
Atendendo a pedidos, voltamos a atualizar o blog. Começamos com um assunto que nunca abordamos antes: mobiliário urbano.
Se você frequenta a pracinha de bairro do lado de sua casa, que só possui aqueles bancos de madeira tradicionais de praça, você precisa ver o trabalho de Diana Cabeza (do Estúdio Cabeza, localizado em Buenos Aires, Argentina). O mobiliário que ela faz para a sua cidade – e outras – é diferente, divertido, lúdico e atual. Conforme a sociedade muda, os ritos de encontro e celebrações da solidão também se modificam, e o mobiliário da cidade deve acompanhar esta evolução.
Veja o exemplo do banco acima. Ele se chama Banco Topográfico e sua característica é ser irregular, assimétrico e sinuoso. É versátil pois pode ser aplicado com ou sem encosto, em módulo pequenos ou grandes. A união destes módulo também pode ser feita de jeitos diferentes, como aparece na imagem ao lado. O banco pode ser simplesmente apoiado no solo. Existe nas cores preta e terra.
Vale a pena ver os outros trabalhos do estúdio no site.
Embora pareça bastante, a imagem acima não mostra 3 embalagens. Esses saquinhos de papel não embalam absolutamente nada. Eles estão vazios.
O papel em formato de saco na verdade tem como propósito ser um material para dobradura. A tira colorida de papel envolta do saco contém instruções passo a passo para animais de origami.
Um sapo, um macaco e um pássaro, esses 3 animais seriam “brinquedos sustentáveis” para crianças e o custo do saquinho seria revertido para o WWF para auxiliar na preservação de espécies de animais ameaçadas. O trabalho é da designer sueca Magdalena Czarnecki, que atualmente vive na Austrália.
Agora, fica a questão: se o papel já vem todo dobrado em formato de saco, o origami não ficará prejudicado, cheio de vincos? Já que não há nada para se embalar, não seria mais interessante promover o origami de outra maneira (uma que pelo menos não marcasse o papel)?
Fonte: Lovely Package
Na revista Tupigrafia (imagens da revista podem ser vistas neste endereço), foi publicado este texto do Millôr Fernandes. O texto é muito interessante e mostra a interpretação bem-humorada do Millôr sobre as letras do alfabeto.
Aí, o designer Doug Leonardo, gostou tanto do texto que resolveu dar uma interpretação gráfica para ele. O resultado você vê na imagem.
Abecedário
O A é uma letra com sótão.
Chove sempre um pouco sobre o à craseado.
O B é um l que se apaixonou pelo 3.
O b minúsculo é uma letra grávida.
Ao c só lhe resta uma saída.
o ç cedilha, esse jamais tira a gravata.
D é um berimbau bíblico.
O e minúsculo é uma letra esteatopígia (esteatopígia, ensino aos mais atrasadinhos, é uma pessoa que tem certa parte do corpo que fica atrás e embaixo, muito feia).
O E ri-se eternamente das outras letras.
O F, com seu chapéu desabado sobre os olhos, é um gângster à espera de oportunidade.
O f minúsculo é um poste antigo.
A pontinha do G é que lhe dá esse ar desdenhoso.
O g minúsculo é uma serpente de faquir.
O H é uma letra duplex. A parte de cima é muda. Serve também como escada para as outras letras galgarem sentido.
O h minúsculo é um dinossauro.
O I maiúsculo é guarda, em seu porte de letra, um pouco de número I romano.
O i minúsculo é um bilboquê.
O J, com seu gancho de pirata, rouba às vezes o lugar do g.
O j minúsculo é uma foca brincando com sua bolinha.
Vê-se nitidamente: o K é uma letra inacabada. Por enquanto só tem andaimes. Parece que vão fazer um R.
Junto com o k minúsculo o K maiúsculo treina passo-a-passo.
O L maiúsculo parece um l que extraíram com raiz e tudo.
Mas o l minúsculo não consegue disfarçar que é um número 1 espionando o alfabeto.
O M maiúsculo é um gráfico de uma firma instável.
O m minúsculo é uma cadeia de montanhas.
O N é um M perneta.
No n minúsculo pode-se jogar críquete com a bolinha do o.
O O maiúsculo é um buraquinho no alfabeto.
O p é um d plantando bananeira.
O Q maiúsculo anda sempre com o laço do sapato solto.
O q minúsculo é um p se olhando de costas no espelho.
O R ficou assim de tanto praticar halterofilismo.
Sente-se que o s é um cifrão fracassado.
O S maiúsculo é um cisne orgulhoso.
Na balança do T se faz jusTiça.
O U é a ferradura do alfabeto, protegendo o galope das ideias.
O u minúsculo é um n com as patinhas pro ar.
O v é uma ponta de lança.
O x é uma encruzilhada.
O Y é a taça onde bebem as outras letras. Desapareceu do alfabeto porque se entregou covardemente, de braços para cima.
O W são vês siameses.
O Z é um caminho mais curto entre dois bares.
O z minúsculo é um s cubista.
Fonte: Invertido
O design e a inovação andam de mãos dadas: design sem inovação não atinge plenamente suas possibilidades e não é tão bom quanto poderia ser. Por essa razão é muito gostoso olhar para embalagens que fogem do padrão, que fazem diferente da maioria. Claro que essa postura pode ser muito perigosa para alumas empresa e não muito adequada para alguns produtos, mas quando você fabrica sabonetes de luxo, por que não?
O design das embalagens dos sabonetes Pop Ink Soap da French Paper foram criados pelo designer Charles S. Anderson. São inúmeras versões, todas ricas em detalhes, trabalhadas cuidadosamente. Bons exemplos são essas duas linhas que aparecem nas imagens, que possuem um estilo mais cínico, provocativo e bem-humorado.
Em uma delas, ao invés dos tradicionais bebês meigos e fofinhos, aparecem crianças com sono, fazendo caretas estranhas – e naturais. A ilustração é a antítese da imagem de bebê de sabonete. Em outra versão – chamada Wedding Shower – o designer mostar as tradicionais imagens de “antes” e “depois” invertidas. Antes o noivo e a noiva estão lindos e depois do banho, de cara lavada, ficam horrorosos. São embalagens, no mínimo, realistas.
Fonte: Lovely Package
Com um pouco de criatividade é possível fazer o reaproveitamento da maioria das embalagens e das partes do produto que sobram depois da utilização. Mesmo quando o resíduo é tão simples quanto tubos de papel cartão.
Veja este exemplo do artista japonês Yuken Teruya. Ele recorta os rolos de papel higiênico em formatos de galhos de árvores e os coloca em paredes, junto a iluminação para que façam sombras lindíssimas. O resultado chamado de Corner Forest possui uma beleza muito delicada.
O designer norte-americano Eric Janssen também trabalhou com tubos de papel cartão, porém um pouco mais grossos, vindos de utilização industrial. Ao invés de fazer arte ele resolveu fazer um objeto para seu uso próprio: uma adega de vinhos. Ele pode armazenar até 7 garrafas deitadas no seu Weekly Wine Rack – como é chamado o produto.
A cadeira Conolounge feitas pelos grupo chileno de design Chilean também é feita com os tubos de cartão que sobram da indústria da impressão de papel. Apoiados numa base de metal, os tubos formam uma cadeira que não faz mal à natureza. Resta saber se ela não faz mal à coluna também.
Falando um pouco mais sobre exemplos de reutilização criativa de embalagens, trazemos o trabalho da artista e designer norte-americana Ingrid Goldbloom Bloch. Ela utiliza latinhas velhas de refrigerante para fazer lingerie feminina: calcinha, sutiã, cinta-liga, espartilho, etc. A linha leva o nome de Trashy Lingerie.
A criação vale mais como obra de arte do que como peça de vestuário (afinal, não deve ser nem um pouco agradável de vestir as peças quando não se tem tendências sado-masoquistas). Além do problemas dos prováveis machucados, existe o risco de se pegar tétano.
E apesar do material pouco nobre – latinhas de alumínio usadas – o resultado é extremamente bonito e, por que não dizer, fashion. Algumas de suas peças estão em exposições de arte e moda sustentável nos Estados Unidos e em outros países.
Fonte: InventorSpot
Scott Amron é um artista/ designer experimental, que trabalha com serviços e produtos algumas vezes conceituais e outras vezes reais. Ele possui vários projetos inusitados e divertidos, sendo que o que mais nos interessa (pois envolve dois temas bacanas: embalagens e sustentabilidade) é o New Soap, Old Bottle.
Neste projeto, Amron utiliza garrafas usadas de bebidas como refrigerantes, sucos e cerveja, as quais são devidamente limpas e higienizadas. A partir daí, ele coloca sabonetes líquidos de marcas conhecidas dentro dessas embalagens. Eles compra esses produtos em grandes galões e depois os fraciona. Depois, as velhas embalagens com produtos novos são vendidas no site.
O projeto funciona como um manifesto pela reutilização das garrafas descartadas, um passo importante que deve vir antes mesmo da reciclagem. Embora como idéia o New Soap seja ineteressante, não sabemos como ele contorna os problemas com os orgãos de vigilância sanitária (que no Brasil provavelmente existiriam).